segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cultura da Convergência

 

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A segunda etapa do Curso de Biblioteconomia nos encaminhou a um mundo digital. As disciplinas, de uma certa forma, se completavam, abordando os mesmos assuntos com enfoques diferentes. O mesmo senti na primeira etapa, é verdade, onde abordamos a história do conhecimento e suas revoluções. Nessa etapa, podemos citar como foco principal, as informações em diferentes fontes, diferentes suportes.

Então, para este post, utilizarei como referencial, tudo o que aprendemos durante o segundo semestre de 2010 no curso de Bibioteconomia. Vamos lá! Conforme todo o referencial teórico que já consultei na área ao longo de semestre (e não foram poucos, principalmente nessa disciplina), pude ver o quanto a informação está por todos os lugares. Se você quer estar informado, você não necessariamente precisa ler um livro ou um jornal, ou mesmo conversar com o seu vizinho (so para citar uns exemplos antigos de transmissão de informação). Agora, temos muito mais escolha de suporte de informação e meios de acesso à ela. Por todo lugar que você olhe, a informação vem até você, de diversas formas.

E aí passamos a falar das mídias digitais. Desde a web 1.0 que obtemos informações através dela, de uma forma muito mais veloz. A velocidade da informação no meio digital é o ponto mais importante a ser citado, por que é o grande diferencial dos outros meios de informação. Pense no quanto demora o processo de produção de um livro, desde a análise dos fatos, passando pela escrita, impressão, revisão, distriuição e mais milhões de etapas burocráticas que eu devo ter esquecido ou nem conheço. Enfim, nada instantêneo. Pensemos em um jornal impresso que, comparado ao livro, é muito mais veloz. Se o jornal for diário, como a maioria dos jornais populares que conhecemos, a informação chega com no máximo 24 horas de atraso. Mas ainda assim, a informação está atrasada. Se um evento acontece as 5h da manhã, por exemplo, ele terá que esperar suas 24h para ser notícia. Claro que nesse exemplo que estou dando, falo da informação do tipo notícia. Existem diferentes tipos de informações. Mas isso não vem ao caso aqui.

Já com as mídias digitais, a coisa muda. Como citei anteriormente, desde a Web 1.0 já presenciamos a velocidade das informação vindo. Agora, com a Web 2.0, presenciamo-na não só vindo, como voltando e dando círculos também. Qualquer um, de onde quiser, pode ser o produtor ou o transmissor de informação. As pessoas passaram a não só consultar a informação digital como a produzi-la. Os meios para isso são os mais diversos: vlog, flog, blog, twitter, facebook, orkut, myspace… enfim, os meios são muitos. Com isso, com essa capacidade de ser jornalista que agora todos têm, a informação se tornou muito mais veloz. Quando algo ocorre, não precisamos esperar o jornalista chegar, reportar e publicar em seu jornal, uma pessoa comum já terá fotografado, filmado e publicado na Internet. No caso de uma nova descoberta científica, você não precisa esperar que ela seja publicada em um livro para conhecê-la. Alguns pesquisadores já a disponibilizam na internet antes mesmo de suas aprovações.

Para ter acesso a todas essas velozes informações, você também não precisa acessar o canal certo, a informação pode, sim, vir até você. Você acessa o twitter e lá está! Um amigo seu divulgando um furo de reportagem, o jornal divulgando sua matéria, o cientísta apontando um vídeo de uma experiência sua, etc.

Com toda essa interação, é impossível que não haja uma mistura nos meios, uma troca, entre eles, de informação. E isso é a cultura da convergência. É quando a informação vai de um meio para outro. Quanto a isso, podemos dar vários exemplos bem presentes em nosso cotidiano. Mas vou tentar simplesmente continuar os exemplos que comecei lá em cima. Um jornalista amador registra via vídeo um flagrante qualquer e posta em um repositório de vídeos. Alguém assiste ao vídeo e manda o link via twitter a seus seguidores. Alguns seguidores, achando interessante, retwittam a mensagem para mais e mais amigos. Alguns deles, que usam outras redes sociais, se encarregam de passar o link a estes outros canais. Logo jornalistas de verdade tem acesso a isso e passam na televisão a notícia (além de focar na notícia em si, provavelmente citarão que já virou febre na internet). No outro dia, o jornal publica uma matéria completa do assunto, com direito a dados históricos, entrevista exclusiva etc. Um tempo depois, um livro é publicado com compilações a cerca dos fatos, com direito a ponto de vista psicologico, social, orgânico e paranormal. E assim vamos.

Outro exemplo bem comum que podemos citar, é esses quadros na TV que mostram os vídeos mais assistidos da semana na internet, são vários. Ou as investigações policiais que começam com análise das redes sociais na internet e depois viram manchete na TV. Enfim, toda esse interação entre os meios é o que quero falar nesse tópico.

Achei legal que este tema foi o último pedido na disciplina, porque ele ajuda a explicar o título do meu blog. A informação linkada é justamente isso, a capacidade que temos de mobilização entre os meios de informação e entre as informações dentro dos meios. Os links que somos aptos a fazer na internet traz a principal característica dela: a mobilidade.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Redes e comunidades sociais

Lendo a súmula da aula e a ordem do exercício, acabei me dando conta de que as redes sociais virtuais são, para mim, mais do que um meio de entretenimento. Pontos importantíssimos da minha vida foram decididos através deles, informações ricas adquiri, dente outros acontecimentos. Então, decidi dedicar esse post a contar algumas dessas minhas experiências pessoais com as redes sociais. Então, que fique claro de antemão: a única referência consultada será eu mesma.

Na verdade ja havia refletivo sobre a presença das redes sociais na minha vida. Elas estão muito presentes. Boa parte dos acontecimentos, de experiências pessoais envolvem-nas. Já havia pensado nisso porque sabemos que a internet não é lá tao antiga assim. Podemos dizer que a geração passada (digo, anterior à minha) não contava com esse recurso, dadas as condições sociais do povo e o desenvolvimento tecnológico do país. Ou melhor, nem se precisa mudar de geração. A ascenção do computador e das mídias digitais cresceram junto comigo. E é por ser uma teconologia recente é que acho interessante analisar o quão presente ela está na vida das pessoas. Foi tudo muito rápido. Nos tornamos dependentes delas. É comum hoje que haja empresas ou qualquer outra coisa que só se comunique por e-mail, por exemplo. O telefone, que antes era tão importante para a comunicação, já fica em segundo plano.

É realmente muito interessante pensar nisso. Mas o fato é que, sim, as redes sociais estão muito presentes e, sim, foram bastante importantes na minha vida, particularmente falando. A professora fala, na ordem do exercício, em acesso à informação. Quantos exemplos se podem dar de acesso à informação através das redes sociais... muitos! Mas vou citar um bem simples, que me veio à cabeça agora:
Diariamente recebemos pelo Twitter o cardápio a ser servido nos RUs da UFRGS. É um exemplo besta, mas é um exemplo de transmissão facil de informação. Não precisamos ir até o RU para saber o que será servido, nem ao menos procurar a informação no site da UFRGS, basta acessar o Twitter, que a notícia vem até você. E para quem gostaria de um exemplo sério, basta observar o resto da página e ler Barak Obama e a Zero Hora.

Passando do Twitter para o orkut, lembro de uma vez que precisei fazer um trabalho da área da Psicologia e não conseguia encontrar material acessível à leigos, como de fato, acabei não encontrando. A solução que encontrei foi usar o referencial completo pedindo ajuda à psicólogos. Fui até uma comunidade do orkut (abaixo) e conversei online com eles, que mostrara-se muito prestativos, dispostos a ajudar. A experiência foi muito válida. Aprendi muito sobre a área e usei uma ferramenta, que antes servia só para bobagem, para algo útil. O orkut me auxiliou na construção do conhecimento.


Ainda no orkut, tive uma experiência de troca de experiência profissional. Foi, para mim, a experiência midiática mais importante para mim. Quando cheguei à idade de escolher que profissão seguir, sentia muita dúvida. Até que desobri o curso de Biblioteconomia e fui buscar informações. Na Literatura da área, no site da universidade, nos blogs é tudo sempre muito bonito. Mas sabemos que na vida real as coisas não são flores. Antes de optar por essa faculdade, eu ja possuia formação em duas profissões e por isso sabia que nem sempre o que se diz é o que de fato é. Então decidi que precisa de opiniões diversas de pessoas inseridas na profissão, formadas ou cursandas. E foi aí que o orkut entrou novamente.


Nessa comunidade adicionei várias pessoas de diferentes níveis: iniciantes, concluintes, concluídos, de tudo! Ouvi a todos eles, incluindo elogios, reclamações, aprendizado, professores, mercado de trabalho (principalmente), tudo! E foi uma ótima experiência. Isso já faz 3 anos e fiz amigos que ainda mantenho e decidi, obviamente, por fazer o curo, o qual gosto cada vez mais. As fontes pessoais normalmente são as mais famigeradas. Mas nesse caso foram as melhores. Às vezes a vida real supera a literatura.

 Continuando na área profissional, ainda tempos o Google Groups do CABAM (Centro Acadêmico de Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia), que nos envia novidades das áreas, além de estágios e cursos. Muito legal.
Bom, essas foram algumas das minhas experiências com as mídias digitais. Espero que tenha sido tão válido compartilhá-lhas quanto foi vivê-las.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Webmuseus



Falarei agora sobre as minhas impressões ao visitar alguns sites de Museus. Acredito que, quando se visita um site de museu, ou até mesmo um museu convencional mesmo, se procura entretenimento. Se visita por que se quer, por estar procurando momentos agradáveis. Então, para que uma visita virtual de museu seja efetivamente boa, ela deve proporcionar bons momentos e é sob essa ótica que eu analisei os sites por mim visitados.

Uma visita complicada, demorada, de difícil acesso não é agradável. Um dos grandes problemas desses sites é que eles são muito pesados e em muitos computadores não se consegue acessar (o que aconteceu comigo em casa). Esse é um grande ponto negativo que, por outro lado, faz com que o site se torne bonito, atrativo, com efeitos e belas imagens. O jeito é procurar uma boa internet mesmo.
Outro aspecto importante a ser considerado é a organização do acervo e das informações. Alguns não são claros em sua página inicial e o visitante tem dificuldades em guiar-se durante a visitação. Analisando os diferentes tipos de organização dos sites sugeridos pela professora para a análise, gostei muito do The virtual museum of Iraq, que divide o acervo, já na página inicial em épocas históricas ou povos, atribuindo uma temática geral, o que ajuda muito na hora de localizar-se nos fatos. Além disso, o site apresenta claramente botões que facilitam a volta para a página anterior e para a página inicial, sem prejuízo de nenhuma parte ou riscos do visitante perder-se.

Outro site muito bem organizado, que gostaria de citar,é o Web Gallery of Art. O acervo divide-se em tipo de arte, época histórica, autor, nacionalidade e, trazem ainda, visitas guiadas, uma caixa de texto para pesquisa no site, áreas com mapas, biografia dos artistas , glossário de termos usados, novidades da área, music selection (o site sugere que se faça a visita escutando música clássica, que pode ser tocada no próprio site, desde que se tenha o plugin necessário) etc. Enfim, um site muito completo, que oferece ainda uma interação com o usuário. Há links para contato, serviço de envio de cartão virtual com trilha sonora e ilustração de obras de arte. Bacana mesmo.

Ainda falando sobre a organização (ou a falta de), a minha visita ao Museu Virtual de Arte Brasileira  (MVAB) não foi agradável. Achei o site visualmente poluído demais, cores fortes demais, além de muito patrocínio, que acaba confundindo e cansando. A página inicial tem muitos links que, mesmo assim, não são objetivos.

O fato da visita não ser pessoal, já faz com que se perca um pouco da emoção da visita, pois não mudamos de ambiente, não nos envolvemos pelo clima do lugar, pois estamos simplesmente na frente de um computador. Por isso, também considero importante que os sites proporcionem meios de fazer a visitação ficar o mais próxima possível daquela que fazemos pessoalmente. Principalmente o The virtual museum of Iraq e o Museo Virtual de Artes (MUVA) fazem isso. O primeiro investe na trilha sonora e na construção dos espaços. Salas diferentes e apropriadas pra cada tema. O segundo apresenta salas futuristas onde nos locomovemos no site exatamente como se estivéssemos o fazendo realmente. Bem legal.

Por último, acho importante que os sites tragam informações completas sobre as obras (já que possuem cunho histórico ou artísticos, dignos de uma explicaçãozinha para os leigos). O museu do Iraque traz isso muito bem, apresentando vídeos e textos explicativos sobre cada peça. Além disso, possuem um recurso chamado "explorar", o qual não utilizei por não ter (e não conseguir baixar) o plugin necessário. 

Enfim, as visitações foram boas. Esses sites são ótimos para aqueles que gostam de cultura, mas não tem oportunidade de conhecer esses lugares pessoalmente (meu caso). É importante que esses sites sempre preservem suas qualidades e tornem-se cada vez mais agradáveis, para manter os interessados no assunto e, quem sabe, cativar outros.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

ZERO HORA.com


Continuando a falar em jornais digitais, passemos do mundo para o Brasil. Nosso país também possui vários jornais digitais à disposição do mundo. Agora, especificamente, falaremos sobre o gaúcho Zero Hora. Quem é natural ou vive no Rio Grande do Sul com certeza conhece esse jornal. Fundado em 1964, hoje é o 7º jornal mais popular do Brasil que, a partir de 2007, disponibiliza suas notícias também online, um jornal digital (WIKIPEDIA, 2010).

 

Acima, a página do jornal digital do dia 12 de Dezembro de 2007. Essa foi a primeira cara do jornal. Comparando a página atual (abaixo) com a de três anos atrás, constatamos que o atual possui muito mais links, mais opções. A página de 2007 é mais simples. Possui, basicamente, os botões superiores (que nada mais são do que atalhos para os mesmos serviços contidos no menu lateral esquerdo); um menu vertical no lado esquerdo, que remete a diversos assuntos ligados ao jornal, como colunas, blog, versão impressa etc; as notícias atualizadas no centro e na lateral direita. Claro que, a página é simples mas a trama por ela iniciada é bastante complexa, visto que os links remetem à todo o Grupo RBS e não só ao jornal Zero Hora.


Na página atual do jornal online, as opções são mais numerosas. O menu superior possui atalho para todos os sites ou blogs do Grupo RBS; O menu no lado esquerdo possui links mais específicos e mais numerosos; as notícias continuam centralizadas e, algumas, no lado direito; que também possui animações de marketing; outra novidade da nova página é que ela oferece uma caixa de busca, onde podemos digitar algo que procuramos e fazer a busca no Grupo RBS ou em toda a Web.


Os serviços oferecidos pela atual página do Jornal Zero Hora são muitos. Pode-se ler as notícias que se lê no jornal impresso, mais e mais rapidamente atualizadas que nele. As notícias são organizadas da segunte forma: no centro, as últimas notícias e na esquerda, estão agrupadas por cadernos (Meteorologia, Capa Esportes, ZH dinheiro etc); O site ainda oferece informações sobre a temperatura e as previsões do tempo para os próximos dias; também pode-se manter contato com a ZH através de outros meios como Facebook, Orkut e Twitter, cujos quais o site mantém os links à disposição.


Uma das atividades mais interessantes do site, é que o relacionamento entre usuário e jornal é recíproco. Além do jornal compartilhar informação com seus usuários, os usuários também compartilham informações com o jornal e, assim, com os demais usuários. Como exemplo, vejamos as reportagens abaixo:



A primeira fala sobre o clima do Estado do Rio Grande do Sul. Apresenta dados sobre ele e depois pede que o leitor envie fotos do clima em sua cidade. A segunda, mesma coisa, porém com o assunto feriadão de 15 de Novembro. Após breve notícia sobre o feriadão, o jornal solicita a seus leitores que contem como foi foi a volta para casa. 


Ambos os exemplos trazem em comum a interação com o público. Ao mesmo tempo que o jornal consegue fazer com que seus usuários sintam-se mais próximos do jornal e da produção dele, conseguem informações fácil e gratuitamente. Uma grande jogada.

Esta é a maior diferença que eu vejo em relação ao jornal regular e o digital: a interatividade que se tem. O usuário pode, como vimos, fazer parte da notícia, ajudar a construi-la. Além disso, a partir de uma notícia pode-se ter acesso a uma gama de outras informações, através de links que o próprio site oferece. A mobilidade entre uma reportagem e outra é muito maior, além de ser tudo gratuito. Enfim, os jornais digitais são uma grande oportunidade de se ter mais, melhor e por menos.


 

Referências:

ZERO Hora. Página inicial. 2010. Disponível em: < http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora >. Acesso em: 15 nov. 2010


______. De olho no clima: mande fotos do clima na sua cidade. 2010. Disponível em: < http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&amp;local=1&amp;section=Geral&amp;newsID=a1854037.xml >. Acesso em: 15 nov. 2010.


_______. Você foi viajar no feriadão? Conte como foi a volta para casa. 2010. Disponível em: < http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/interatividade.jsp?uf=1&amp;local=1&amp;newsID=DYNAMIC,itools.xml.ItoolsDelivery3,getMuralMensagensXml&amp;template=3838.dwt&amp;forumid=128248&amp;groupid=3596&amp;section=Mural&amp;tp= >. Acesso em: 16 nov. 2010


WEB Archive. Layout Zero Hora website. 2007. Disponível em: &lt; http://web.archive.org/web/20071214010653/zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&amp;local=1&amp;section=capa_online &gt;. Acesso em: 15 nov. 2010


WIKIPEDIA. Zero Hora. 2010. Disponível em: &lt; http://pt.wikipedia.org/wiki/Zero_Hora &gt;. Acesso em: 15 nov. 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

The Guardian






Já se discutiu aqui as questões de transição entre o jornal regular, impresso em papel, e o jornal digital. Já se falou sobre as vantagens e desvantagens de ambos e o medo das mudanças que os profissionais e até pessoas comuns (inclusive eu) sentem sobre essa mudança.

Desvantagens à parte, o texto de hoje tratará de um jornal digital específico, The Guardian, do Reino Unido. Esse jornal foi criado em 1821, quando era conhecido como The Machester Guardian e tinha suas edições publicadas semanalmente, todos os sábados (WIKEPEDIA, 2009). Em 1999 o jornal lança seu website de notícias, tornando-se, em 2001, o jornal online mais popular do Reino Unido, com 2, 4 milhões de leitores no mês de maio (THE GUARDIAN, 200?).

Falando sobre a publicação online, pode-se dizer que o acesso a essas informações está mais acessível. Onde quer que se esteja, em casa, no trabalho ou até na rua, temos as notícias do jornal em nossas mãos, sem precisar pagar por elas. Além disso, pessoas do mundo todo têm acesso a essas informações, o que não teríamos (pelo menos não tão rápida e facilmente) se a publicação fosse feita apenas em papel.

As atualização são feitas mais rapidamente em relação a ocorrência da notícia, o que torna o leitor online informado anteriormente em relação àquele que lê o jornal regular. Para ilustrar essa afirmação, uso como exemplo a notícia sobre a criação de um e-mail que passará a ser oferecido pelo Facebook. A notícia (abaixo) diz que Mark Zuckerberg do Facebook lançaria (ainda hoje) um sistema de e-mails para os seus usuários fora do Facebook, o que faria com que essas contas fossem alvos fáceis para spam. Porém, Zukerberg anuncia sua novidade como a responsável por um futuro sem spam. O jornal questiona-se como isso se dará. Além disso, Zukerberg chama sua novidade de "Gmail killer", afirmando que vem para bater o Gmail em números. Segundo o site SIC, hoje o líder de contas de e-mail é o Hotmail, com 364 milhões de contas, seguida do Yahoo, com 303 milhões e em terceiro lugar vem a Gmail, com 170 milhões de contas (SIC, 2010).

Essas notícias online são importantes pela facilidade com que se apresentam e porque podem ser acessadas por qualquer um com um aparelho adequado e em qualquer lugar.  A velocidade que as informações chegam ao domínio público é o ponto que mais me chama atenção para os jornais digitais. A reportagem sobre o Facebook, por exemplo, foi lida por mim às 8h da segunda-feira dia 15 de Novembro. Pela manhã do mesmo dia, (que também era a data de anúncio do novo sistema de e-mail), procurei na rede informações em português sobre o assunto, sem sucesso. Já a noite, encontrei algumas reportagens. Uma delas me esclareceu que, na verdade, o sistema não é apenas um e-mail, e sim um "moderno sistema de mensagens", como disse o próprio Zukerberg. (FONTE, 2010)

Isso prova que a informação chegou até mim em primeira mão, graças a disponibilização da matéria online pelo site do The Guardian, se ainda dependêssemos dos jornais impressos, com certeza eu teria essa informação, no mínimo, na terça-feira pelos jornais locais. Tudo isso é muito importante para nós, profissionais que lidamos com informação. Podemos, graças a esses recursos, estar sempre atualizados e, assim, atualizar as pessoas que dependem dos nossos serviços. 

É importante que saibamos conviver com essa nova era de velocidade de informação, para conviver com ela e até nos adequarmos no mercado de trabalho, que muda seu rumo constantemente. Acredito que um profissional que acompanha as mudanças e sabe lidar com elas estará sempre bem colocado no mercado e as mudanças de hábito nunca lhe serão prejudiciais.




Referências:


FONTE, Jorge. Novo e-mail do facebook é mais que um e-mail. 2010. In: Expresso.Disponível em: < http://aeiou.expresso.pt/novo-e-mail-do-facebook-e-mais-que-um-e-mail=f615395 >. Acesso em: 15 nov. 2010.




SIC. Facebook cria serviço de e-mail público. In: SIC online. Disponível em: <sic.sapo.pt/online/noticias/vida/facebook+cria+servico+de+email+publico.html>. Acesso em: 15 nov. 2010.




THE GUARDIAN. The History of the Guardian. In: The Guardian. 200?. Disponível em: <guardian.co.uk/gnm-archive/2002/jun/06/>. Acesso em: 12 Nov. 2010.


______. Facebook's rumoured email offering raises hopes of a spam-free future.. too high? In: The Guardian. 200?. Disponível em: <http://www.guardian.co.uk/technology/blog/2010/nov/15/facebook-email-spam-expectations>. Acesso em: 12 Nov. 2010.



WIKEPEDIA. The Guardian. 2009. Disponível em: <en.wikipedia.org/wiki/The_Guardian>. Acesso em: 12 nov 2010.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Jornal Digital

Quando se pensa em jornal digital e na evolução da tecnologia logo questionamonos: o jornal impresso vai acabar? Apesar de ser uma questão bastante pertinente, vale lembrar que essas mudanças levam um tempo para acontecer e que o formato impresso também tem suas vantagens.

Acredito que o que está acontecendo é apenas uma variação de formatos, cada um agradando a um tipo de púublico, dependendo da necessidade dele. Sabemos que o formato digital possui muitas vantagens: 

Os jornais digitais são mais interativos que os seus correspondentes impressos. Os custos de produção e distribuição, geralmente muito elevados nas publicações tradicionais, são reduzidos sensivelmente na Internet. Os artigos e reportagens podem ser complementados com informações adicionais que não teriam espaço nas edições em papel. As notícias podem ser atualizadas várias vezes durante o dia e acessadas instantaneamente por leitores em qualquer lugar do mundo. Além de todas estas vantagens, há também a possibilidade de se implantar serviços especiais, como consulta a bancos de dados com arquivos das edições passadas, classificados online, programas de busca, fóruns de discussão abertos ao público, canais de bate-papo em tempo real e muitos outros. (GUIA..., 2010?)
Tudo isso é muito bom para quem tem acesso à internet em casa ou trabalha com ela. Mas o que dizer das pessoas que não tem pra si um computador disponível? Daquelas que trabalham longe desse utensílio eletrônico e, o único tempo que dispõe é no carro, indo pro trabalho ou durante a hora do almoço? A rotina, as necessidades das pessoas são diferentes por isso as opções de escolhe devem ser as mais diversas. Porém, não podemos esquecer do que é fato: Alguns jornais, como o Jornal do Brasil, por exemplo, já não existe mais impresso. Outros nos EUA tiveram suas vendas tão decaídas que faliram. (SCHMITZ, 2010).

Assunto complicado esse, principalmente para nós, profissionais de informação que lidamos muito, ainda, com os formatos impressos. Assim como o jornal, o livro também está fazendo essa transição de suporte. E é ele que nos deixa preocupados com o incerto futuro dos registros humanos e da nossa profissão.
Como já disse aqui algumas vezes, tudo que é novo é incerto. Assim é no caso do formato digital. Embora a internet já esteja em pleno domínio humano há alguns anos, ainda reluta-se contra esse formato, por ser relativamente novo. Muitas pessoas não se sentem confortáveis ao ler um texto online ou ainda não conseguem abstrair as ideias (como é o meu caso). Às vezes é preciso ler o texto impresso para compreendê-lo. 

Outra questão passível de reflexão é a questão da preservação da informação. Como se sabe, os problemas não são resolvidos até que surjam, e em uma questão como essa, quando eles surgirem pode ser tarde demais. Nos primórdios da produção intelectual humana, os registros eram feitos em materiais naturais, como tabletes de argila ou pedra. Alguns desses fragmentos existem ainda hoje, resistindo aos seus 5 mil anos de existência. Por outro lado, se observarmos as informações gravadas em formatos eletrônicos obsoletos como disquete ou fitas VHS, vemos que muitas dessas informações já não podem mais serem lidas.

Mesmo considerando todos esses problemas, não podemos esquecer que os tempos evoluem, as coisas mudam e nós temos que mudar com eles. A informação está se tornando cada vez mais dinâmica e rápida e, para isso, nada melhor que o meio digital. Também há de se pensar em questões de impacto ambiental. Quanto papel deixará de ser usado se lermos online? Todas essas questões são bastante pesadas e devem ser consideradas por todos antes de formar opinião sobre os jornais (ou outras coisas) digitais.






Referências:


SCHMITZ, João. Imprensa na contramão: quem vai salvar o jornal impresso? Revista Semana. Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. (edição de setembro)


GUIA DO JORNALISMO NA INTERNET. O fim do jornal impresso? Disponível em:  
<http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/manta/Guia/cap18.html>. Acesso em: <29 out. 2010>

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Repositório de Vídeos

Já falamos aqui da importância dos vídeos em diversas áreas da atualidade e do quanto eles vêm crescendo em número e importância. Então, que os vídeos estão aí e que podemos (e devemos) usá-los, já sabemos. A questão agora é: onde encontrá-los?

É justamente desse assunto que trataremos neste novo texto. Sobre repositório de vídeos. Como sabemos, repositórios são depósitos, lugares onde se deposita coisas (LUFT,  2000). Desta forma, um repositório de vídeo é um lugar onde os vídeos são armazenados na rede, prontos para a recuperação do usuário. Segundo a definição de Rozados (2010?), repositórios de vídeo "São sistemas de captura, tratamento, organização e recuperação de informação multimídia – vídeos."

Sobre as vantagens dos repositórios de vídeos, posso citar as mesmas que citei para os vídeos em si: eles podem ser usados para ilustração de aulas, para buscar informações de maneira mais ágil e fácil, etc. 

Assim como os repositórios de imagens, existem vários respositórios de vídeos, uns grátis e outros pagos. O mais conhecido deles, eu acredito,  é o Youtube. Além de ser o mais popular mundialmente, o Youtube é líder no setor de vídeos no mundo. Criado em 2005, o Youtube permite que pessoas de todo mundo compartilhem vídeos originalmente produzidos (ou não) por meio da web (YOUTUBE, 2005?).

Além do Youtube existe ainda outros repositórios como o MSN vídeos, o Google vídeos, o Vimeo, etc. Assim como as imagens, existem os repositórios grátis e os pagos, especializados e gerais (ROZADOS, 2010?).

Dentro do Youtube, existe o Youtube Edu, que é um sub-site que, basicamente funciona como o próprio youtube, porém, é voltado para a educação. Nele você pode assistir aulas das Universidades mais conhecidas do mundo, com oYale, MIT, Oxford, etc. Infelizmente não existe material teórico sobre o assunto. Esses sites (e nem outros) ainda não produziram materiais sobe a sua criação, definição, finalidade, etc, tudo que sei é o que descobri usando-o. A sua data de criação provavelmente é 2009 e, talvez por ser tão recente não possua material teórico. Acredito que isso não justifique a falta de informações no próprio site, mas enfim...

Acredito que o Youtube Edu seja uma ótima ferramenta para a transmissão da Educação. Apoveita-se uma ferramenta que já está popularizada para chegar a educação. Sabemos que para um efetivo ensinar, devemos partir da realidade dos aprendizes, daquilo que eles já sabem e daquilo que lhes é familiar. Utilizar a internet (os vídeos e o Youtube) para tal finalidade é algo muito inteligente de se fazer. É aproximar a educação das pessoas.






Referências:

LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft. 20. ed., 9. impressão. São Paulo: Ática, 2000. p. 572. Colaboradores: Francisco de Assis Barbosa e Manuel da Cunha Pereira. Organização e Supervisão: Lya Luft.


YOUTUBE. Histórico da empresa. Disponível em: youtube.com/t/company_history> . Acesso em: 15 out. 2010.


YOUTUBE. Sobre o Youtube. Disponível em: youtube.com/t/about> . Acesso em: 15 out. 2010.


ROZADOS, Helen Beatriz Frota. Tema 5: Repositório de vídeos. Informações em mídias digitais, 1 transparência, [2010?], 20 p. Disponível em:  moodleinstitucional.ufrgs.br/course/view.php?id=10743> Acesso em: 09 out. 2010.