segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cultura da Convergência

 

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A segunda etapa do Curso de Biblioteconomia nos encaminhou a um mundo digital. As disciplinas, de uma certa forma, se completavam, abordando os mesmos assuntos com enfoques diferentes. O mesmo senti na primeira etapa, é verdade, onde abordamos a história do conhecimento e suas revoluções. Nessa etapa, podemos citar como foco principal, as informações em diferentes fontes, diferentes suportes.

Então, para este post, utilizarei como referencial, tudo o que aprendemos durante o segundo semestre de 2010 no curso de Bibioteconomia. Vamos lá! Conforme todo o referencial teórico que já consultei na área ao longo de semestre (e não foram poucos, principalmente nessa disciplina), pude ver o quanto a informação está por todos os lugares. Se você quer estar informado, você não necessariamente precisa ler um livro ou um jornal, ou mesmo conversar com o seu vizinho (so para citar uns exemplos antigos de transmissão de informação). Agora, temos muito mais escolha de suporte de informação e meios de acesso à ela. Por todo lugar que você olhe, a informação vem até você, de diversas formas.

E aí passamos a falar das mídias digitais. Desde a web 1.0 que obtemos informações através dela, de uma forma muito mais veloz. A velocidade da informação no meio digital é o ponto mais importante a ser citado, por que é o grande diferencial dos outros meios de informação. Pense no quanto demora o processo de produção de um livro, desde a análise dos fatos, passando pela escrita, impressão, revisão, distriuição e mais milhões de etapas burocráticas que eu devo ter esquecido ou nem conheço. Enfim, nada instantêneo. Pensemos em um jornal impresso que, comparado ao livro, é muito mais veloz. Se o jornal for diário, como a maioria dos jornais populares que conhecemos, a informação chega com no máximo 24 horas de atraso. Mas ainda assim, a informação está atrasada. Se um evento acontece as 5h da manhã, por exemplo, ele terá que esperar suas 24h para ser notícia. Claro que nesse exemplo que estou dando, falo da informação do tipo notícia. Existem diferentes tipos de informações. Mas isso não vem ao caso aqui.

Já com as mídias digitais, a coisa muda. Como citei anteriormente, desde a Web 1.0 já presenciamos a velocidade das informação vindo. Agora, com a Web 2.0, presenciamo-na não só vindo, como voltando e dando círculos também. Qualquer um, de onde quiser, pode ser o produtor ou o transmissor de informação. As pessoas passaram a não só consultar a informação digital como a produzi-la. Os meios para isso são os mais diversos: vlog, flog, blog, twitter, facebook, orkut, myspace… enfim, os meios são muitos. Com isso, com essa capacidade de ser jornalista que agora todos têm, a informação se tornou muito mais veloz. Quando algo ocorre, não precisamos esperar o jornalista chegar, reportar e publicar em seu jornal, uma pessoa comum já terá fotografado, filmado e publicado na Internet. No caso de uma nova descoberta científica, você não precisa esperar que ela seja publicada em um livro para conhecê-la. Alguns pesquisadores já a disponibilizam na internet antes mesmo de suas aprovações.

Para ter acesso a todas essas velozes informações, você também não precisa acessar o canal certo, a informação pode, sim, vir até você. Você acessa o twitter e lá está! Um amigo seu divulgando um furo de reportagem, o jornal divulgando sua matéria, o cientísta apontando um vídeo de uma experiência sua, etc.

Com toda essa interação, é impossível que não haja uma mistura nos meios, uma troca, entre eles, de informação. E isso é a cultura da convergência. É quando a informação vai de um meio para outro. Quanto a isso, podemos dar vários exemplos bem presentes em nosso cotidiano. Mas vou tentar simplesmente continuar os exemplos que comecei lá em cima. Um jornalista amador registra via vídeo um flagrante qualquer e posta em um repositório de vídeos. Alguém assiste ao vídeo e manda o link via twitter a seus seguidores. Alguns seguidores, achando interessante, retwittam a mensagem para mais e mais amigos. Alguns deles, que usam outras redes sociais, se encarregam de passar o link a estes outros canais. Logo jornalistas de verdade tem acesso a isso e passam na televisão a notícia (além de focar na notícia em si, provavelmente citarão que já virou febre na internet). No outro dia, o jornal publica uma matéria completa do assunto, com direito a dados históricos, entrevista exclusiva etc. Um tempo depois, um livro é publicado com compilações a cerca dos fatos, com direito a ponto de vista psicologico, social, orgânico e paranormal. E assim vamos.

Outro exemplo bem comum que podemos citar, é esses quadros na TV que mostram os vídeos mais assistidos da semana na internet, são vários. Ou as investigações policiais que começam com análise das redes sociais na internet e depois viram manchete na TV. Enfim, toda esse interação entre os meios é o que quero falar nesse tópico.

Achei legal que este tema foi o último pedido na disciplina, porque ele ajuda a explicar o título do meu blog. A informação linkada é justamente isso, a capacidade que temos de mobilização entre os meios de informação e entre as informações dentro dos meios. Os links que somos aptos a fazer na internet traz a principal característica dela: a mobilidade.

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