Quando se pensa em jornal digital e na evolução da tecnologia logo questionamonos: o jornal impresso vai acabar? Apesar de ser uma questão bastante pertinente, vale lembrar que essas mudanças levam um tempo para acontecer e que o formato impresso também tem suas vantagens.
Acredito que o que está acontecendo é apenas uma variação de formatos, cada um agradando a um tipo de púublico, dependendo da necessidade dele. Sabemos que o formato digital possui muitas vantagens:
Acredito que o que está acontecendo é apenas uma variação de formatos, cada um agradando a um tipo de púublico, dependendo da necessidade dele. Sabemos que o formato digital possui muitas vantagens:
Os jornais digitais são mais interativos que os seus correspondentes impressos. Os custos de produção e distribuição, geralmente muito elevados nas publicações tradicionais, são reduzidos sensivelmente na Internet. Os artigos e reportagens podem ser complementados com informações adicionais que não teriam espaço nas edições em papel. As notícias podem ser atualizadas várias vezes durante o dia e acessadas instantaneamente por leitores em qualquer lugar do mundo. Além de todas estas vantagens, há também a possibilidade de se implantar serviços especiais, como consulta a bancos de dados com arquivos das edições passadas, classificados online, programas de busca, fóruns de discussão abertos ao público, canais de bate-papo em tempo real e muitos outros. (GUIA..., 2010?)
Tudo isso é muito bom para quem tem acesso à internet em casa ou trabalha com ela. Mas o que dizer das pessoas que não tem pra si um computador disponível? Daquelas que trabalham longe desse utensílio eletrônico e, o único tempo que dispõe é no carro, indo pro trabalho ou durante a hora do almoço? A rotina, as necessidades das pessoas são diferentes por isso as opções de escolhe devem ser as mais diversas. Porém, não podemos esquecer do que é fato: Alguns jornais, como o Jornal do Brasil, por exemplo, já não existe mais impresso. Outros nos EUA tiveram suas vendas tão decaídas que faliram. (SCHMITZ, 2010).
Assunto complicado esse, principalmente para nós, profissionais de informação que lidamos muito, ainda, com os formatos impressos. Assim como o jornal, o livro também está fazendo essa transição de suporte. E é ele que nos deixa preocupados com o incerto futuro dos registros humanos e da nossa profissão.
Como já disse aqui algumas vezes, tudo que é novo é incerto. Assim é no caso do formato digital. Embora a internet já esteja em pleno domínio humano há alguns anos, ainda reluta-se contra esse formato, por ser relativamente novo. Muitas pessoas não se sentem confortáveis ao ler um texto online ou ainda não conseguem abstrair as ideias (como é o meu caso). Às vezes é preciso ler o texto impresso para compreendê-lo.
Outra questão passível de reflexão é a questão da preservação da informação. Como se sabe, os problemas não são resolvidos até que surjam, e em uma questão como essa, quando eles surgirem pode ser tarde demais. Nos primórdios da produção intelectual humana, os registros eram feitos em materiais naturais, como tabletes de argila ou pedra. Alguns desses fragmentos existem ainda hoje, resistindo aos seus 5 mil anos de existência. Por outro lado, se observarmos as informações gravadas em formatos eletrônicos obsoletos como disquete ou fitas VHS, vemos que muitas dessas informações já não podem mais serem lidas.
Mesmo considerando todos esses problemas, não podemos esquecer que os tempos evoluem, as coisas mudam e nós temos que mudar com eles. A informação está se tornando cada vez mais dinâmica e rápida e, para isso, nada melhor que o meio digital. Também há de se pensar em questões de impacto ambiental. Quanto papel deixará de ser usado se lermos online? Todas essas questões são bastante pesadas e devem ser consideradas por todos antes de formar opinião sobre os jornais (ou outras coisas) digitais.
Referências:
SCHMITZ, João. Imprensa na contramão: quem vai salvar o jornal impresso? Revista Semana. Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. (edição de setembro)
GUIA DO JORNALISMO NA INTERNET. O fim do jornal impresso? Disponível em:
< http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/manta/Guia/cap18.html>. Acesso em: <29 out. 2010>
Referências:
SCHMITZ, João. Imprensa na contramão: quem vai salvar o jornal impresso? Revista Semana. Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. (edição de setembro)
GUIA DO JORNALISMO NA INTERNET. O fim do jornal impresso? Disponível em:
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